No site Matt´s Movie Reviews, The Rover
recebe uma nota “excelente”. Matthew elogia
muito o desempenho de Rob dizendo que o
ator soube criar um personagem cativante e
bem diferente da beleza teen que o destacou
na mídia em seu papel anterior como Edward
Cullen e que o ator sabe escolher seus
diretores e roteiros. Nós concluímos lendo as
palavras deste crítico que o filme não pode
deixar de ser visto.
The Rover de David Michod é uma intensa e
inquietante viagem em um mundo sem
bênção divina, com Robert Pattinson num
processo de definição de carreira se
entregando numa interpretação fascinante.
Há algo no cenário pós-apocalíptico que é
comum em filmes feitos por australianos.
Tem a ver com as vastas paisagens áridas do
sertão, e uma desesperança e isolamento que
tais imagens podem provocar.
É o lugar onde o escritor/diretor David
Michod definiu seu último filme The Rover.
Para ser exato o filme se passa 10 anos no
futuro, em que um colapso econômico
mundial vê o mundo sucumbir ao desespero
e a ilegalidade.
Michod revê muitos temas darwinianos que
também foram destaque em sua excelente
estréia com Reino Animal, no entanto
intensifica-se aqui com um niilismo que é
tão pesado que quase sufoca.
Eric (Guy Pearce) surge do pó, um nômade
obcecado em recuperar seu carro roubado
por uma gangue de bandidos (Scoot McNairy,
David Campo e Tawanda Manyimo). Seu
único guia para rastreá-los é Rey (Robert
Pattinson), um membro da gangue que foi
deixado para morrer, e cuja ingenuidade o
torna vulnerável num mundo onde os fracos
não sobrevivem.
Cheio de uma densa atmosfera tensa, The
Rover é o trabalho de um diretor no controle
de todos os aspectos do seu ponto de vista.
Enquanto Reino Animal teve um roteiro que
foi tão potente quanto seu olhar, The Rover
depende fortemente do estado de espírito
para conduzir sua narrativa que, embora
pareça simples superficialmente, se depara
com muitas emoções sob o brilho de um sol
escaldante.
Os dois homens, Pearce e Pattinson mostram
que são excelentes. Pearce marca um de seus
retornos mais fortes com o papel de um
homem ferido, marcado e calejado por uma
terra impiedosa, que quando direciona um
olhar, pode fazer um buraco através de uma
parede de tijolos.
Mas é Pattinson que fascina como Rey, se
esforçando para se livrar da imagem de galã
adolescente, com uma aparência ensebada e
suja e um forte sotaque sulista. Retratando
um homem de capacidade mental limitada,
Pattinson é quase infantil, numa
interpretação com uma mistura de tremores,
hesitações e divagações, mas nada
exagerado, um personagem super simpático
num mundo insensível.
Isto é a prova de uma carreira pós
Crepúsculo interessante para Pattinson, que
sabiamente escolhe projetos dirigidos por
cineastas conceituados (dois filmes com
David Cronenberg, e em seguida com Werner
Herzog e Anton Corbijn).
Michod é definitivamente um cineasta muito
confiante por enfrentar o desafio de um
segundo filme com um olhar seguro que
contesta esta violência selvagem num
ambiente sem Deus e sem a marcação de
Anthony Partos.
Ainda sim o real ambiente que aflige The
Rover é muito forte, algo complexo, perverso,
que ameaça consumir e se ocultar da graça
divina. Algo tão humano, que se torna ainda
mais ameaçador, como qualquer conto de um
mundo sem Deus deve ser.
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