O próprio título já é uma dica e tanto sobre o filme: trata-se de uma referência ao local onde os astros residem em Hollywood ou, ainda, um meio de chegar até eles. O grupo de personagens apresentado por Cronenberg não é formado propriamente por astros – o mais próximo disto é um garoto de 13 anos (Evan Bird) que estrela uma série de TV de relativo sucesso -, mas principalmente por pessoas que estão dispostas a se tornar celebridades. Entre eles estão um chofer que tenta se tornar ator (Robert Pattinson), uma atriz de meia idade desesperada por um papel que lhe dê visibilidade (Julianne Moore) e uma jovem com várias queimaduras que está escrevendo um roteiro (Mia Wasikowska). A grande sacada do diretor é mostrar a luta pela ascensão deste trio com um olho na obsessão cada vez maior existente nos dias atuais em ser famoso e o outro analisando de forma sarcástica a própria Hollywood – ou ao menos uma de suas vertentes, a que está repleta de picaretagem e vulgaridade.
O longa é uma crítica à atual sociedade viciada em astros e obcecada pela fama, mesmo que por cinco minutos. Acompanha a família Weiss, que tem pseudo-astros problemáticos e polêmicos. A direção é de David Cronenberg, que dirigiu Cosmopólis, filme em que Robert Pattinson atuou.
Inclusive o ator também está no elenco de Maps to the Stars, deixando pra trás as histórias envolvendo vampiros. O elenco também tem Mia Wasikowska, Olivia Williams, Sarah Gadon, Ari Cohen, Carrie Fisher, Joe Pingue, Niamh Wilson, Jonathan Watton, Evan Bird e Kiara Glasco
No entanto, quem realmente se destaca, ao ponto de ter chances reais de concorrer ao Oscar, é Julianne Moore (Havana Segrand), que está dando shows de interpretação em todas as cenas. A atriz se entregou à personagem de corpo e alma, literalmente, despindo-se de toda vaidade e pudor para dar vida a uma profissional em franca decadência, vulgar e de aparência horrorosa.
“Mapas Para as Estrelas” é interessante, sobretudo para quem não conhece o lado obscuro da indústria cinematográfica. Vale a pena assisti-lo
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