Entrevista + Outtake de Kristen com CR Fashion Book

By Kah Barros - 11:19

Outtake


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Para mim, a coisa mais atraente em uma pessoa é se deixar levar naturalmente pelo impulso expressado por sua vontade, não por sua percepção. Eu acho isso quente. Sempre que vejo alguém fazendo algo e parece que eles apenas não conseguem não fazer isso, e eles apenas precisam deixar isso sair. Eles precisam criar. É uma compulsão e em compartilho isso. Essas pessoas são legais e misteriosas, e um pouco obscuras e um pouco elegantes. Esse movimento vem de algum lugar. Vem do desejo, da curiosidade, e você não pode fingir.
É indescritível. É só uma queimadura. Você pode sentir isso instantaneamente, essa curiosidade natural, porque nem todo mundo possui. Isso é pelo o que eu sou atraída. Se você encontra alguém que te sente, ou diz que você está em um lugar e alguém entra e eles possuem essa vibração, as pessoas querem isso. A pessoa vibrante é sempre a mais atraente.
A atração é magnética. Você se sente querendo algo de alguém e fica ‘Wow, eu nem te conheço, mas eu quero algo seu. Eu sinto que você pode me dar algo.’ Não é uma coisa egoísta, está acontecendo com você e é mútuo. E é quase sempre instantâneo. Não é difícil para eu descobrir de quem gosto ou quem são meus amigos. Eu confio no meu medidor de energia, mas também não tenho medo de deixar entrar as pessoas que podem me machucar.

Eu não abordo a minha vida com muito tato, de verdade. Eu sou muito impulsiva e definitivamente uma intensa estranha. Eu amo viver e eu amo pessoas. Elas me alucinam e eu quero saber mais sobre elas o tempo todo. Isso não é algo que posso ligar e desligar.
Eu personalizo quase tudo e a maioria das pessoas que eu gosto de estar são do mesmo jeito. Você definitivamente tem que ser um pouco egocêntrico para criar algo. As pessoas mais criativas são cientes de que são um pouco obcecadas por si mesmas, mas a fim de ter fé em si mesmo e fazer um trabalho confiante, você tem que ser um pouco louco e acreditar em si mesmo o bastante para fazer isso.
Quando eu escolho um personagem, é o mesmo impulso ardente, quase um desejo sociopata. Esse sentimento ‘Oh meu Deus, por que me sinto desse jeito? Por que eu sinto como se pudesse morrer por isso?’ Tenho que sentir alta importância, tipo, se eu não me comprometer com isso e não estiver totalmente lá por essa pessoa, então eu poderia ter a capacidade de apagar. Interpretar um personagem é uma grande responsabilidade para um grupo de pessoas que está colocando seu coração, sua alma e seu sangue em algo. E no fim das contas, está fazendo justiça a alguém em algum lugar.
Essa pressão me move, e eu sou um pouco extremista. Filmes às vezes só são filmados em 20 dias e eu tenho a energia para me tornar completamente obcecada por algo por esse período de tempo. Eu posso aguentar. Eu posso me criticar e eu gosto de me sentir fora do controle. Eu amo essa ideia – se sentir sujeita a alguma coisa, como se esse mundo existisse separado de mim. Eu amo colocar-me no inferno e realmente sentir aquela dor. É quando eu me sinto mais completa, quando eu me sinto abatida no final. E vale muito a pena. É como o relâmpago em uma garrafa, se você não pega aquele um segundo, então já se foi. O estranho é quando acaba, é esse sentimento de cair fora de seu próprio mundo. Acabou, acabou completamente.
Mas cada menina que eu interpretei ainda está muito em mim. Sim, claro que há uma separação. Nós não somos essas pessoas que interpretamos. Ao mesmo tempo, cada personagem representa um estágio da minha vida que eu me sinto conectada pessoalmente. Estranhamente, as memórias dessas personagens são as minhas próprias memórias.

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