Ao longo dos últimos anos temos visto o surgimento de um novo sub gênero curioso de filmes em que *Ordinary Joes encontram-se na companhia de celebridades talentosas, mas problemáticas - Marilyn Monroe em My Week With Marilyn, Dylan Thomas em Set Fire to the Stars e David Foster Wallace em The End of the Tour. Life de Anton Corbijn é o lançamento mais interessante neste movimento menor, possivelmente porque seu tema ainda não atingiu seu status cult no momento que o filme se passa.
O Ordinary Joe em questão aqui é Dennis Stock fotógrafo freelance (Robert Pattinson). Cansado de levar a vida com PR fofos fotografadas sobre os conjuntos de produções de Hollywood, Stock aspira algo maior, um ensaio fotográfico que vai fazer o seu nome, um digno da revista Life. Agora, ele teria que encontrar um assunto intrigante.
No que parece mais um baile aleatório de Hollywood,Stock encontra um ator incipiente, James Dean (Dane DeHaan), um balbuciante, baixinho desleixado um milhão de milhas de Burt Lancaster e John Waynes do mundo. Stock vê algo refrescante nele, não apenas a aparência e os maneirismos de Dean, mas o seu desejo de ficar longe dos holofotes de Hollywood, e monta uma sessão de fotos para o editor de fotos da Life, John G. Morris (Joel Edgerton), que não está convencido, mas aprova a solicitação de qualquer maneira. Convencer Dean se mostra mais difícil no entanto.
Primeiro trabalho do jovem Brady Corbet como diretor, cuja carreira como ator demonstra um gosto para filmes esotéricos e personagens marginais (Mysterious Skin, Funny games US, Martha Marcy May Marlene), A Infância de um Líder é adaptado de um romance de Jean-Paul Sartre. Publicado em 1939, no período entre guerras, o literário narrado as complexidades psicológicas de um garoto que, através de um esforço introspectivo, descobriram uma alma tirana.
Um histórico, um filme de gene com dimensão psicanalítica, um forte potencial dramático... O material legado por Sartre é extremamente inspirador. Mas longe de ser conteúdo para fazer um filme histórico ou até mesmo um thriller psicológico, Brady Corbet escolhe a embarcar em um afresco ambicioso multi-gênero, enriquecido com viés artístico negrito ou totalmente destrutivo. Assim, o filme vale a pena tanto a reconstituição - trazendo um inegável cuidado em figurinos e cenários, e optando por uma fotografia envelhecida - e na ficção horror maquiavélico - através de um teste que é reminiscente do Gialli italiano ou algumas obras-primas de ansiedade. (...)
Por fim, o cineasta aprendiz joga com a história, mostrando porque e como seu líder tornou-se uma quimera adulta do totalitarismo do século XX,(..) Brady Corbet seria, basicamente, um cinéfilo apaixonado, um pouco louco e muito inchado? Capaz, pela força de seu entusiasmo para reunir um elenco de prestígio (Yolande Moreau e Robert Pattinson juntos em um filme ...)? Uma coisa é certa, "A Infância de um Líder" não é um filme como qualquer outro. Como qualquer trabalho livre, que fascina tanto quanto irrita, deixando ninguém indiferente. Isso é demonstrado pelo Festival de Cinema de Veneza, no qual ele foi agraciado com o prêmio de melhor primeiro filme.
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*Tradução Feita Pela Equipe: Pattinson Daily