Kristen Fala Sobre Billy Lynn's Long Halftime Walk Em Conferência de Imprensa
By Kah Barros - 16:17
“É engraçado, meus diretores favoritos não falam muito,” disse Kristen Stewart com um sorriso. Ela está loira e mais adorável em nossa recente entrevista em Nova York. Eu sua carreira relativamente jovem, Kristen foi dirigida por alguns dos melhores do cinema. Essa lista agora inclui Ang Lee.
“Esse ambiente que Ang cria realmente faz você ficar em atenção de um jeito intrínseco,” a atriz adicionou sobre o cineasta ganhador do Oscar e Golden Globe, que a dirigiu pela primeira vez em ‘Billy Lynn’s Long Halftime Walk‘. Ela está vestida em uma jaqueta preta, blusa na altura do umbigo e calça verde.
No drama adaptado do livro de Ben Fountain, Kristen interpreta Kathryn, a irmã do personagem titular (o novato Joe Alwyn), que volta como um herói da Guerra do Iraque em 2004. Mas rachaduras aparecerem quando Billy e seu Esquadrão Bravo são homenageados em um espetacular show de intervalo no jogo de futebol do Dia de Ação de Graças. Kathryn acha que Billy está sofrendo de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
“Ang não precisa dizer muito,” Kristen continuou sobre o diretor conhecido por dar poucas instruções. A estrela é sempre uma entrevistada articulada, mas nessa manhã, ela estava mais animada do que o normal.
“O roteiro é perfeito como um todo, mas mais do que isso, há uma pressão imensa porém gentil. Porque há muita fé no roteiro.”
A pressão foi porque o filme estava sendo filmado em 120 quadros por segundos em 3D, resultando uma claridade que amplia tudo na tela, incluindo o rosto dos atores.
“A pressão é difícil,” Kristen admitiu. “O filme foi assustador para todos. Não somente pela parte tecnológica que estávamos vendo de um jeito nunca visto antes e porque teríamos que abaixar nossas guardas, ou iríamos parecer falsos. Isso é o que você está sempre tentando fazer em um filme: ser visto, não mentir.”
Além de outros desafios ao atuar pela primeira vez com duas câme
ras separadas em 3D, Kristen apreciou o estilo quieto de seu diretor. “Ang é muito calmo. Ele é incrivelmente zen. Há algo sobre o jeito que ele vê as coisas e seu desejo animador de encontrar a verdade, o que soa clichê. E eu nunca vi um grupo de pessoas trabalhar tanto. Foi tipo, todo mundo estava aterrorizado – não de um jeito ruim, de um jeito muito bom.”
Para a atriz, ajudou que seu amigo, Garrett Hedlund, estava no elenco como o Sargento Dime, o líder do Esquadrão Bravo que desenvolvem uma forte ligação após sobreviverem a combates mortais.
“Eu sou amiga do Garrett,” disse Kristen. “Eu o conheço há anos. Ele esteve no filme por mais tempo do que eu. Eu cheguei lá, e eu vi que essas pessoas passaram por muita coisa juntas, pareceu real para mim. Me senti como uma irmã mais velha. Senti que deveria proteger esses meninos. Foi real, eles amam um ao outro. É notável. Ele (Ang) é um dos melhores diretores do nosso tempo.”
Sobre suas próprias visões sobre a guerra, Kristen refletiu, “Esse filme ressalta a ideia de que ninguém, ou apenas poucas pessoas, vão além do que contam para elas. E depende de quem está contando e qual meio de comunicação você está acompanhando na hora. Essa frustração pela minha geração é real. Isso repele as pessoas de querer entender, porque é difícil. Nós ficamos no escuro sobre certas coisas.”
“Outra coisa que o filme faz, é te dar coragem para pensar por si mesmo. Não é excessivamente opinativo de qualquer forma. Eu sei que minha personagem é uma pacificadora. E eu sou, não em uma medida ideal, mas somente o nível fundamental. É assim que eu funciono – e eu apoio isso.”
“Eu não sou a pessoa mais política, mas nesses tempos, não é questão de afirmar como você faria as coisas melhorarem para fazer as coisas funcionarem. É um bom tempo para esse filme estrear, porque se você quer cair para esse lado ou aquele, é muito claro qual o meu lado. Apenas acredite nos seus ideais e por favor, vote.”
Sobre suas experiências em escrever e dirigir um curta, ‘Come Swim‘, descrito como um “retrato poético e impressionista de um homem com o coração partido embaixo d’água,” nossa artista se entusiasmou, “Foi muito bom. Eu amei. Foi um grande prazer. Você nem sempre gosta do que faz. Eu estou colorindo e terminando o áudio. Nesse filme em particular, metade da história está no som.”
“Eu encontrei o próximo nível, honestamente. Eu não encontro uma grande distinção entre atuar e dirigir. Para mim, eles andam de mãos dadas com o jeito que eu sempre abordei a atuação. Mas a diferença entre os dois seria, há algo mais imediato e irreverente sobre a atuação que eu gosto. Mas você pode fazer algo e sair imediatamente. Diariamente, na mesma hora. É algo momentâneo e com uma reação instintiva.”
“Dirigir é como explorar uma cidade. Mas ainda é instintivo. E também, o que eu recebo sobre fazer filmes que eu realmente amo é que a gente pode falar sobre as coisas, para não se sentir maluca. Eu sinto que nós podemos ficar mais próximos, fazer isso visualmente e afetar as pessoas e juntar as coisas para falar mais alto.”
“Esse é o melhor sentimento que já tive. Eu nunca fui tão feliz fazendo algo. Eu mal posso esperar para fazer arte em vídeo, mal posso esperar para escrever meu filme. Sinto que estou mais estimulada, mais motivada. Eu sinto que meus olhos estão abertos. Algumas vezes, na vida, há certas fases onde tudo parece possível. Eu estou realmente sentindo isso agora. Eu definitivamente honro essa primeira experiência.”
Ela pode ser mais específica sobre a história do seu curta? “Oh, é muito impressionista e você vai ver,” ela provocou com um sorriso. “Eu não quero estragar. São 15 minutos. Vai falar mais alto do que o que eu posso dizer agora.”
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