Nova entrevista de Rob com Yahoo Singapore

By Kah Barros - 15:15

A entrevista foi realizada durante a coletiva de imprensa para 'Life' na Berlinale
EN entrevistador 1 – Mesmo depois do sucesso da Saga Crepúsculo ter tornado dele um objeto de atenção em massa, Robert Pattinson tem tentando achar um caminho sem a grande obsessão dos fãs e fazer sua marca como um ator sério. Filmes como Cosmópolis e Bel Ami ajudaram a distanciar a audiência de seu alto ego de vampiro, e agora, no filme de Anton Corbinj – “Life”, Pattinson mostra o que pode ser a melhor performance de sua carreira. O galã de 28 anos interpreta Dennis Stock, o fotógrafo de fotos icônicas de James Dean em seus últimos meses de vida, tem sustentado o legado do ator ainda mais do que seus fãs.
“James Dean é uma figura extremamente icônica para mim,” Pattinson disse. “Ele representa jovens descontentes e a alienação de um jeito tão poderoso que continua resoando com a gente. Essa fotos do Dean, tipo aquela em que ele está andando na Times Square, são muito mais parte da nossa impressão e imagem dele , do que seus filmes. Você pode sentir a aura e mística dele nessas fotos.”
Foi uma escolha irônica de papel para Pattinson, que foi capaz de experimentar o que é a vida do outro lado da lente da câmera: “Quando você está no tapete vermelho, é uma experiência tão amedrontadora porque não vê os fotógrafos porque você está cego pelas luzes e flashes na maioria do tempo! Como um fotógrafo, você se esconde por trás da câmera.”
Com um dos filmes mais quentes do recente concluído Festival de Filmes Internacionais de Berlim, “Life” explora o paralelo vivido por James Dean – interpretado por Dean DeHann – e Dennis Stock (Pattinson) enquanto o ultimo estava em uma viagem de carro fotografando Dean como parte de sua tarefa para a revista “Life Magazine”, uma das mais populares revistas da era. As fotos subsequentemente se tornaram material de pôsters e lendas que jovens pendurariam em suas paredes como símbolo de uma rebelião jovem e legal.

Pattinson não entendeu somente e como James Dean deve ter se sentido quando sua carreira decolou por um certo período de tempo em Hollywood, mas também comoas estrelas hoje em dia – incluindo Pattinson – estão tão expostos que perdem todo seu mistério.
“As pessoas não sabem muito sobre a vida privada de Dean e as fotos que Stock tirou dele tiveram muito mais impacto e significado do que qualquer coisa que você possa imaginar hoje em dia”, Pattinson comentou sobre o trabalho do fotógrafo que faleceu em 2010.
Para o diretor Anton Corbijn o filme também tem um significado muito profundo, antes mesmo dele se tornar conhecido, o que por parte aconteceu graça a sua sessão de fotos com o vocalista Ian Curtis, do Joy Division, para a revista britânica “NME”, antes dele cometer suicídio. Como Stock fez com Dean e suas fotos, as imagens de Curtir por Corbijn tiveram seu próprio jeito de amplificar o legado do lendário cantor e posteriormente Corbijn dirigiu o filme “Control” que retratava a vida escura e difícil de Curtis.
Usando um a barba atrativamente sexy e um cabelo despenteado, Robert Pattinson foi recebido por uma adorável multidão durante sua estadia no festival de Berlin. Ele estava usando um jaqueta Armani cinza e jeans para a nossa conversa no HOTELcinco estrelas “De Rome”.
Além de “Life”, o publico vai ver Pattinson interpretar Col. T.E. Lawrence em “Queen of the Desert”, um filme estrelando Nicole Kidman e dirigido por Werner Herzog.
A ENTREVISTA
Q: Robert, deve ter sido inspirador interpretar um fotógrafo icônico como Dennis Stock
Pattinson: As fotos dele têm desempenhado uma parte enorme da nossa consciência coletiva sobre James Dean e o mito que continua circulando ele cinquenta e cinco anos após sua morte. Quase todo mundo tem visto alguma de suas fotos e muitas pessoas, incluindo eu mesmo, temos sido influenciados por sua imagem e percepção de Dean e como ele representa a juventude descontente. Dean continua sendo uma figura chave que representa um pouco de desafio e rebelião e alguém que sente a confusão de ser jovem e não quer obedecer ou seguir as regras. Existem alguns fotógrafos que tem sido capazes de capturar esse tipo de mística do jeito que Dennis Stock fez.
Q: Como você se relaciona a Dennis Stock e seu trabalho como um fotógrafo? 
Pattinson: O que me fascinou foi que ele foi um artista que lutava para viver com suas próprias expectativas do que ele deveria fazer como um artista. Ele não sentia que fazia o suficiente o que fazia o tipo de trabalho que ele queria estar fazendo. Eu tenho passado um longo tempo lidando com o mesmo tipo de problemas e tentando atingir metas que eu impus a mim mesmo e esperando o melhor trabalho possível. Eu continuo muito direcionado a fazer trabalhos que me desafiem.
Q: Você passou por uma fase James Dean quando era jovem? 
Pattinson: (risos) Eu acho que quase todo ator teve um momento em sua vida em que ou estão obcecados pelo James Dean ou estão tentando imitar algum aspecto de sua personalidade ou seu estilo de atuação. Eu era um fã dele antes mesmo de eu querer me tornar um ator. Nós todos queremos parecer legal como ele parecia embora seja praticamente impossível! (Risos) Eu admiro o trabalho muito embora eu não pense que eu seja nenhum pouco como ele e eu não ousaria me comparar com ele.
Q: Você gostaria de interpretar Dean? 
Pattinson: Não! Eu não teria coragem. E eu acho que Dane (DeHaan) fez um trabalho brilhante.
Q: Que tipo de pesquisa você fez para se preparar para o filme? 
Pattinson:  Anton (Corbijn) me mostrou uma fita de uma entrevista com Dennis Stock em que ele foi muito rude com o entrevistador. Ele sempre foi uma figura complexa e ele tinha um monte de raiva dentro de si porque ele era muito ambicioso e queria deixar sua marca como artista. Ele tinha muito ciúme de outros artistas. Eu também passei meses severos aprendendo como usa uma câmera e trabalhar com câmeras do jeito que um fotógrafo profissional as usa. Eu tirei muitas fotos e pratiquei tipos de movimentos que um fotógrafo faz quando trabalha. “Para um fotógrafo, a máquina basicamente é uma extensão do seu corpo e ele se esconde atrás dela enquanto está tirando suas fotos.”
Q: Dennis Stock sempre foi conflituoso com relação a seu trabalho. Você estava da mesma forma? 
Pattinson: Eu sofri com a falta de confiança. Você se preocupa em estar apenas fingindo e as pessoas vão começar a ver através de você. Então esse medo me fez continuar e me inspirou a encarar quantos desafios eu conseguir. Eu estava tornando as coisas muito mais difíceis para mim mesmo me preocupando constantemente sobre meu trabalho e então eu comecei a perceber que eu tinha que apenas simplificar minha abordagem e deixar meus instintos tomarem conta. Eu me sinto muito mais confiante agora mas eu continuo tendo duvidas suficientes que me fazem querer continuar melhor e evoluir como um indivíduo e como um ator.
Q: Esse tipo de filme aborda a questão da celebridade e como um ator torna-se maior que a vida. Você vivenciou isso com seu trabalho como Edward Cullen nos filmes de “Crepúsculo”. Como você fez a transição desta parte da sua carreira? 
Pattinson: Se tornou mais fácil conforme os anos foram passando. Não é apenas isso, fazem alguns anos desde o último filme de “Crepúsculo”, é que também eu me tornei muito melhor em lidar com a atenção. Uma das coisas interessantes sobre o filme é isso, lida com como alguém como Stock consegue bloquear a si próprio e ficar no seu próprio caminho por conta do seu medo e inveja. Ele quer ser visto como um artista da mesma forma que Dean foi e isso foi um problema complexo para ele. Eu também lidei com as minhas próprias ansiedades em termos do que eu queria alcançar e meus próprios objetivos artísticos.
Q: Como você sente que esse processo está sendo bem vindo? 
Pattinson: Eu sinto que estou aonde eu queria estar. Eu não me sinto mais frustrado pelo legado de “Crepúsculo” e o fato de eu ter sido identificado pelos meus trabalhos nesses filmes. Eu soube que ia demorar um tempo até que as pessoas fossem capazes de me ver de uma forma diferente e que eu teria que interpretar um monte de papeis diferentes para mexer com as expectativas das pessoas sobre mim. É normal por causa do imenso sucesso desses filmes. Mas por um longo período eu tentei me beneficiar da atenção que eu ganhei e achar papeis mais interessantes que eu pude. Eu acho que as pessoas estão começando a me ver diferente agora.
Q: Teve algum filme em particular que te ajudou a sentir que você estava no caminho certo em termos de carreira? 
Pattinson: Eu estava um pouco a deriva e incerto sobre que tipos de filme eu queria fazer até que eu fiz Cosmópolis com David Cronenberg. Ele me ofereceu o papel do nada apenas alguns meses depois de eu terminar o ultimo filme de “Crepúsculo” e de repente eu já estava de cabeça nessa história incrível e interpretando um personagem muito complicado. Isso mudou minha perspectiva e eu soube que esse era o tipo de trabalho que eu queria fazer. Isso fez uma grande diferença pra mim.
Q: É fácil ser o Robert Pattinson agora? 
Pattinson: (Risos) Eu não sei… Mas eu estou tendo muito mais diversão agora. Você precisa passar por cima de todas as coisas que estão te segurando e então tudo começa a ficar muito mais fácil no geral.

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