Parece que uma das principais recorrências tanto no livro de Fountain quanto no filme é a maneira que nem duas pessoas parecem entender o que significa ou implica o conceito de “apoiar a tropa”. Como você abordou isso?
O que eu achei mais interessante sobre isso foi que você tem Kathryn, que é essencialmente uma pacifista, mas nunca expressa seu liberalismo de um jeito que não é humanitário. Ela nunca está provocando ninguém, e ela está reconhecendo um espaço que cresceu entre ela e alguém que ela conhece durante toda sua vida, mas que não pode mais ter por perto como antes, porque agora eles são seres completamente diferentes. Isso muda uma pessoa, quando você não pode mais manter alguém por perto para amá-lo e confortá-lo por mais que você queira. Você está tão imerso em algo que você nunca conseguiu ter uma perspectiva exterior, e isso é justo? Você pode ter orgulho disso?
É muito contencioso agora na narrativa moderna: Quem pode representar quem? Como podemos contar responsavelmente a história dos outros?
Eu tenho muito mais distância do que alguém que já serviu, ainda assim eu tenho o mesmo sentimento. Eu posso ter esses sentimentos? Eu realmente entendo a situação? Eu acho que Kathryn está vindo de um pensamento como, “Vamos entender pelo o que estamos lutando.” É uma resposta pessoal, mas ela está verdadeiramente preocupada com ele. Porque o que vai acontecer quando seu treinamento passar, quando as respostas automáticas passarem e você tem que ser um ser humano novamente que não sabe necessariamente como lidar com tudo o que aconteceu? E mais adiante disso, como lidamos com ter colocado essas pessoas lá, nessa situação?
Ela é um tipo diferente de personagem do que costumamos ver em histórias sobre famílias de militares.
Ela é a personificação de pergunta, ao invés de opinião.
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