Essa não é sua primeira vez no Festival. Você está se tornando uma expert…
[Risos] Sim, eu sinto como se esse festival se torna cada vez mais inevitável a cada ano. Thierry Frémaux foi gentil em me convidar dizendo que sou leal. Ele queria que eu apresentasse Come Swim, que é um filme quase experimental sobre um personagem que tem medo de água mas bebe litros por medo de secar.
E você ama água?
Não, eu odeio! [Risos] Eu odeio ficar na água porque me sinto claustrofóbica. Eu sinto que estou trancada e não consigo respirar. Esse é o motivo pelo qual não gosto de nadar. Eu odeio ao ponto de evitar ir para a praia com meus amigos enquanto eles insistem para que eu vá para o mar com eles. Foi por esse motivo parcialmente que eu quis fazer um filme sobre água.
Você diz que gosta do Festival de Cannes enquanto sua personalidade é tímida e discreta. Como você explica essa contradição?
Sua pergunta simplesmente resume a complexidade da minha pessoa! Eu amo o meu trabalho, os diretores e o cinema. Cannes é uma celebração de todas pessoas que eu tenho muito respeito. Esse é o motivo pelo qual me sinto em casa aqui. E também me permite aprender sua língua que eu amo muito. Eu tenho um bom vocabulário mas tenho dificuldades em formar palavras em francês. E então eu admito que me esforço mais quando estou na Croisette e especialmente quando subo as escadas do Palace. [Risos]
Seu novo visual é a sensação na Croisette. O cabelo raspado é um modo de atirar na jovem mulher dos tempos de Crepúsculo?
Eu tive que raspar minha cabeça para a filmagem do meu próximo filme, Underwater, com Vincent Cassel. Me perguntaram hoje se eu me sinto mais masculina com esse novo visual quando eu sinto totalmente o contrário. Eu nunca me senti tão mulher quanto atualmente! Comigo, nada é calculado. Eu sempre ajo instintivamente e apaixonadamente.
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