Q&A da Kristen e Chloe Sevigny sobre Lizzie para a AP

By Kah Barros - 16:29


Chloe Sevigny tem tentado fazer um filme recente sobre a história de Lizzie Borden por uma década.
Uma viagem até a casa em Fall River, Massachusetts, a convenceu a olhar para a vida de Borden por lentes diferentes, com mais empatia, afastando as cortinas das circunstâncias sufocantes ao redor dos famosos assassinatos em 1892 de seu pai e madrasta e o que poderia ter levado a isso. Borden foi julgada e absolvida do caso, mas continua a ser fonte de intriga hoje em dia.
Após anos de falsos começos, Lizzie, um tenso e lindamente produzido suspense psicológico co-estrelando Kristen Stewart como Bridget Sullivan, a empregada e figura essencial na vida de Borden, finalmente chega aos cinemas na sexta feira.
Sevigny, de 43 anos, e Stewart, 28, it girls de diferentes gerações, falaram com o The Associated Press sobre as filmagens, por que nudez no “clímax” e dirigir curtas antes de longas.
AP: Como você decidiu ir atrás da Kristen?
Sevigny: Bryce (Kass), o roteirista, disse Kristen e eu fiquei ‘Oh, sim. Ninguém mais.’ Então nós fomos tentar seduzi-la.
Stewart: Eu sou muito fácil. Não foi difícil.
AP: Visitar a casa ajudou a entender a história?
Sevigny: Deu à luz para nossa decisão de contar a história desse jeito. Não somente estávamos interessados na história de amor, uma trágica história de amor, e as duas procurando por liberdade e encontrando uma a outra, mas também o objeto que ela (Bridget) era fora da casa. Não havia como ela não saber o que estava acontecendo.
AP: Kristen, o que você achou cativante sobre a Bridget?
Stewart: Eu me senti protetora dela. Ela não tem voz nenhuma, de verdade. Eu realmente gostei do tipo de visão que ela nos deu de Lizzie. O jeito que ela a via era muito doce, um pouco inocente, mas também puro.
AP: Mostra as mulheres daquela época de classes diferentes.
Sevigny: Elas eram todas prisioneiras do Andrew (Borden). Eu, Abby, Emma e Bridget. Éramos todas prisioneiras nessa casa, juntas, sem opção.
AP: Me conte sobre a decisão de ficar totalmente exposta nesse filme.
Sevigny: O filme merecia isso. Era o que ele precisava. Eu acho que foi até minha decisão. Eu queria que o filme tivesse isso. E eu acho que é um pouco rebelde aos 43 anos ficar nua. Eu sinto que somos bombardeados com esses ideais de beleza e estou tentando desse jeito pequeno (com meu Instagram) dizer olhe para essa mulher, olhe para Anna Magnani, ela tem uma grande beleza, e ter meninas que olham para isso e veem mais formas, tamanho e visuais diversos e como essas pessoas também são apreciadas pelo o que trazem, não somente aparência, mas o talento.
AP: Eu vi no seu Instagram que vocês duas ficavam nesse bar, Original Pinkie Masters, durante as filmagens na Georgia.
Sevigny: Esse foi o primeiro bar gay em Savannah. E também tem uma escola de artes lá então muitos professores e estudantes estavam lá. Foi uma boa fenda de gerações. Eles tinham essa jukebox com todas as músicas incríveis e obscuras e era apenas o nosso lugar.
Stewart: Era apenas um ótimo bar.
Sevigny: Galera legal. Ninguém incomodava ela. Eles me incomodavam mais do que a ela.
Stewart: O que significa que é REALMENTE um bar legal.
Sevigny: Significa que eles são apenas mais velhos.
AP: Por que as duas decidiram começaram a dirigir com curtas antes de longas?
Sevigny: Eu era frustrada como atriz, sempre me dando para a visão de uma outra pessoa. Não que eu não concordasse sempre com a visão deles ou queria ser parte disso ou pensava que eram ótimos cineastas, mas você não está na sala de edição, isso é a coisa de outra pessoa. Eu queria ter a minha própria coisa e expressar minhas próprias ideias, visões e amores.
Stewart: Sim, eu também. Eu comecei tão nova, eu nunca me senti mais vista ou expressada ou permitida apenas a ser como quando você conta uma história bem, uma que existe dentro de você. Eu não vejo uma grande diferença entre atuar e dirigir. Eu acho que como atriz eu amo a indulgência, mas eu não quero dizer falta de controle porque eu sou muito controladora. Estou sempre no bolso do diretor dizendo, “Como isso vai ser visto?” Eu quero ficar no seu quadro perfeitamente. Eu quero saber como vai ser.
Sevigny: Eu não. Eu me torno muito auto-consciente.
Stewart: Mas eu queria fazer um curta antes de um longa porque eu nunca tinha feito antes. De verdade. E eu amo o que os curtas fazem com a disposição das pessoas de contar coisas estranhas. Você não está tentando entreter as pessoas, não que isso não seja algo que eu goste, eu gosto, mas é divertido fazer um poema de versos livres.
Sevigny: Mais expressão.
Stewart: Não precisa ter uma hora e meia, não precisa ser digestível. Só precisa ter gosto.
Sevigny: As pessoas me perguntam por que estou fazendo outro curta e não um longa, e eu tenho tanta adoração por diretores de longas, eu não estou preparada. Ainda estou experimentando e aprendendo.
AP: E como atrizes, vocês duas estão frequentemente se rebelando contra o grande negócio de Hollywood, consistentemente escolhendo projetos e diretores interessantes para trabalhar.
Sevigny: Isso se chama bom gosto.
Stewart: E ela faz outro ponto! Cara! Sinceramente, se eu falasse isso ia soar como uma idiota, mas porque é ela, porque você realmente tem a influência, você pode levantar essa afirmação e arremessar.

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