Revisão de Lizze pelo The Hollywood Reporter

By Kah Barros - 12:20


Chloe Sevigny e Kristen Stewart desembocam seus corpos para essa história de Lizzie Borden, uma mulher tentou assassinar seu pai e a madrasta na década de 1890.

Lizzie, elegantemente sinistro e convincente, escrito por Bryce Kass, dirigido por Craig William Macneill (The Boy) e produzido por Chloe Sevigny na sua melhor performance no papel principal, esvazia a matéria-prima de uma versão adequada de 2018, apropriada da geração #MeToo. Em suas mãos, Lizzie torna-se um estudo de amantes femininas secretas (Kristen Stewart co-estrela como a empregada da casa por quem Borden se apaixona) unindo forças para lutar contra um patriarca abusivo (Jamey Sheridan) e sua esposa habilitada (Fiona Shaw). Então é empoderador e respeitoso ao entregar as cenas de amor entre as mulheres, mas também é pronto para ser um filme de terror completo e trash, de um bom jeito, com sustos, e close-up em rostos esfaqueados para uma Sevigny nua e ensanguentada através de tábuas de madeira. Por causa dessa peculiaridade do tom, esse filme poderá dividir o público e precisará de boa divulgação e apoio de marketing para ir além do festival e da atmosfera dos especialistas.

Depois de uma sequência de abertura que se desenrola no dia do assassinato, anunciada pelos gritos de Lizzie e ordens em pânico para a empregada Bridget (Stewart) para ir buscar um médico imediatamente, o enredo reverte seis meses até o momento em que Bridget chega à casa dos Borden em Fall River, Massachusetts.

A família Borden é liderada pelo patriarca Andrew Borden, um pão duro rico com um lado sádico, que sente prazer em manipular sua família através do dinheiro. Viúvo relativamente recentemente, sua segunda esposa Abby atua como ajudante ou governanta, dando a ele uma cobertura respeitável para que ele possa estuprar as empregadas, como a linda imigrante irlandesa Bridget. É deixado no ar se o Sr. Borden já abusou de suas filhas Emma (Kim Dickens) ou Lizzie, mas agora as duas mulheres são adultas e, na linguagem da época, encalhadas, mas parece seguro dizer que ele pensou sobre isso, e as duas sabiam, também.

Praticamente uma prisioneira na casa, com suas opções de estilo de vida limitadas, a epiléptica Lizzie encontra um pouco de conforto cuidado de pombos e indo ao teatro local, e até esse último prazer tem que ser negociado com o Sr. Borden praticamente toda vez. Aparentemente isolada socialmente, Lizzie forma a tentativa de amizade com a igualmente solitária Bridget, e logo começa a ensinar a menina a ler. Algumas vezes, suas mãos param por um momento mais longo do que esperado no corpo da outra como quando Bridget ajuda Lizzie a se vestir com as muitas camadas de roupa obrigatórias para as mulheres na época. O toque de mãos leva para olhares longos, o que leva para beijos e eventualmente sexo nos palheiros, o que infelizmente o Sr. Borden espia, precipitando o final catastrófico.

Com os pontos sobre o que aconteceu conhecido pela maioria do público, o roteiro bem pesquisado de Bryce Kass se concentra pouco em como e mais no porquê. Ele leva um tempo para destacar o quanto a disputa familiar se baseia no dinheiro, um fator tão motivador quanto desejo, nojo e sede por vingança. Ao mesmo tempo, nem tudo é explicado muito literalmente, e ambos o roteiro e a direção sensível de Macneill deixam para os atores principais preencherem as cores do primeiro plano.

Sempre adepta a ser de uma fala só, e projetar uma inteligência forte e muscular, Sevigny é totalmente a dona do filme e até ofusca Stewart, um feito sem maldade. O elogio especial também vai para o parceiro regular de Macneill, o diretor de fotografia Noah Greenberg, que cria uma atmosfera especialmente sensual com um pouco mais de duas velas, a luz do sol filtrada através de um vidro antigo e uma paleta leve. Por outro lado, a trilha sonora algumas vezes dura de Jeff Russo adiciona um tom moderno ao pequeno estilo vitoriano tardio do período.

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