Kristen Stewart, de 29 anos, chega no Filmpodium de Zurique para uma conversa de 45 minutos prometendo: “Vai ser divertido.” E que, embora tenha relativizado na frase seguinte, era muito tímida quando criança e nunca poderia imaginar ficar em um palco. Ela gostou de cinema graças à mãe, que trabalha como supervisora de roteiro em Hollywood. “O trabalho em equipe nos sets de filmagem me fascinou. Mas quando criança, eu não tinha muitas opções para contribuir, então tentei ser atriz.” Parece plausível quando ela fala dessa maneira de maneira meio desafiadora e divertida.
O primeiro papel importante veio aos 11 anos, quando Stewart interpretou a filha de Jodie Foster em Panic Room. E é aí que a energia irreprimível da atriz, conhecida por seus filmes, explode, como quando ela chama Jodie Foster de “linda pra caralho” e, ao mesmo tempo, de “dama assustadora”. E como Stewart se comportava no set? “Oh, eu sou uma idiota [Risos].”
A atriz é muito boa em evitar perguntas diretas, colocando um pouco de sutileza aqui e ali e direcionando a conversa para onde ela quer – mesmo que você nem sempre entenda o que ela quer dizer. Mas às vezes você tem sorte e, quando se trata do enorme sucesso da Saga Crepúsculo, é uma resposta igualmente simples e surpreendente. “Foi muito normal… até que não era mais.”
Stewart se tornou uma estrela graças a Crepúsculo, e ela foi capaz de escolher seus papéis, a maioria deles sendo em filmes independentes. Duas vezes ela filmou com o diretor francês Olivier Assayas (Sils Maria e Personal Shopper) – e quando perguntada sobre essa fase da carreira, quando ela se tornou a primeira atriz americana a ganhar um César, ela diz: “Assayas e eu não precisamos de muitas palavras. Chegamos ao nível emocional. Nós dois somos muito estranhos à nossa maneira.”
Após o recente filme Seberg sobre o ícone francês Jean Seberg, o cinema de pipoca é o próximo programa novamente – é um remake de As Panteras, que nas palavras de Stewart será algo como isto: “Menos toque de super-herói, mais realidade, uma espécie de história de mulheres no trabalho – e um pouco boba.”
Falando em mulheres, este é um bom momento para contar histórias sobre mulheres. Stewart, que dirigiu vários curtas metragens, atualmente está preparando sua estreia no cinema – uma adaptação do livro de Lidia Yuknavitch, The Chronology of Water. Quem deve interpretar o personagem principal ainda não está claro, diz Stewart. Mas se há algo que a garota de 29 anos despreza, é nadar. E ‘The Chronology of Water’ consiste nas memórias de uma nadadora exposta a extremos quase insuportáveis.
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