A primeira coisa que Kristen Stewart lembra sobre Diana é como ela era “legal pra caralho. Havia esse ar casual e desarmante, mesmo quando ela estava vestida apropriadamente, que a fazia parecer natural e fazia com que todos se sentissem confortáveis”, ela diz. “Mesmo que ela tivesse uma estatura e estética loucamente elevadas, também parecia que você podia pedir a ela para correr a pé com você.”
A pressão para interpretar uma presença tão relaxada e confortável foi grande, e então Stewart escolheu exalar a energia de Diana em vez de dissecar meticulosamente os fatos e eventos. “A maior coisa era ter certeza de que nada era totalmente errado, que as pessoas próximas ao material e aqueles que não possuem nenhum relacionamento com a Família Real poderiam aproveitar o filme e não se sentirem incomodados com as liberdades que tomamos”, ela explica.
Stewart passou seis meses estudando a Princesa, mas rapidamente percebeu que o que era mais importante homenagear: “Queria proteger minha impressão inicial e mais definida dela, que era a de que ela se sentia mais poderosa quando estava sendo mãe”, ela diz. A atriz reconhece que a falta de controle que Diana possa ter sentido em todas as outras partes de sua vida, mas é categórica sobre a força que ela encontrou na maternidade. “Mesmo quando ela está sendo forte para outros, encontrando pessoas em hospitais ou andando por um campo minado, ainda é um pouco arrasador assisti-la – tudo parece um pouco frágil”, Stewart diz. “Mas quando ela está com as crianças, parece que ela se torna esse animal feroz: se você se aproximar, será uma decisão muito ruim.”
Mesmo assim, ela também discute outros detalhes sutis e complexos. Stewart assistiu e leu o máximo que pode, trabalhando com um professor (quem a ajudou a acertar o sotaque distinto de Diana) para imergir-se naquele visual sedutor que todos conhecem tão bem: cabeça inclinada, queixo proeminente, olhos tristes e sorriso tímido. “Há tanta coisa incorporada em seu físico”, diz Stewart. “Algumas pessoas possuem tão poucas indicações sobre como estão se sentindo, mas ela era um cisne de ondulação consistente que era tão curioso.” Era sobre absorver essas peculiaridades e trabalhar com elas naturalmente, em vez de fazer uma imitação exata.
“A alma de Diana está tão viva e imprevisível, então queríamos ter um filme que parece como uma pessoa vivendo e respirando, em vez de uma história falsa”, ela diz. A atriz estava determinada a capturar as contradições de Diana, como uma pessoa que tinha esse “talento dado por Deus para conexões humanas e era tão amada” pela imprensa e pelo público enquanto era, ironicamente, “rejeitada e solitária” em sua vida pessoal. “Nenhuma dessas peças se encaixavam e isso é o que faz tudo ficar tão doloroso.”
O sentimento mais potente que Stewart teve enquanto interpretou Diana? Euforia inequívoca. “Isso é completamente careta, vergonhoso e sinistro, mas é verdadeiro: ela me empoderou”, ela admite. “Senti essa liderança razoavelmente imerecida, como se todos só precisassem subir nas minhas costas.” A atriz dá créditos para a “qualidade amorosa de base” que ela viu em Diana, o que influenciou a parte mais essencial de sua performance.
“De cada experiência que tive interpretando papéis em filmes, essa me fez me sentir mais alta do que sou”, disse Stewart. “Mesmo que fossem três dias supostamente muito tristes, quando estava interpretando Diana, senti mais alegria no meu corpo do que nunca na minha vida.” A Princesa de Gales pode ter sido um quebra-cabeças cheio de peças que não se encaixam – mas Stewart estava determinada a fazê-la parecer completa.
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