Você quer ser a próxima Kristen Stewart?

Então ela pode ter o trabalho para você: A atriz de Spencer, que está atualmente no meio do maior burburinho de prêmios por seu papel como a Princesa Diana no drama do diretor de Jackie, Pablo Larraín, irá dirigir uma adaptação da angustiante biografia de Lidia Yuknavitch, The Chronology of Water.

“Eu não quero estar no filme”, ela diz ao EW sobre o projeto em longa gestação. “Quero encontrar alguém um pouco mais nova.” Então – alguém como ela mesma, talvez? “É, preciso encontrar a próxima Kristen Stewart, basicamente”, ela brinca, com os olhos revirando de forma divertida. “Por favor, só descreva o olhar em meu rosto quando disse isso.” Mas é necessário, já que o livro “se passa em um período de tempo muito rápido.”

Stewart, que chama Yuknavitch de “incrível, ela é minha autora contemporânea favorita”, tem trabalhado em trazer a biografia premiada da autora nascida em Oregon, que explora temas de sexualidade, luto e vício, para as telas por quase cinco anos. “É muita coisa para cobrir”, ela admite. “É uma vida inteira, mas minha coisa favorita sobre esse livro é como ele externaliza a vida interna.”

“Eu li e foi como se me permitissem ter uma voz. Entende?” Ela continua. “Não que foi uma chave nessa fechadura, mas… Essa mulher encontrar sua voz foi a coisa mais fisicamente violenta que já vi em um livro. Mal posso esperar para visualizar isso. E mal posso esperar para jogar alguém em uma água fria, profunda e assustadora”, ela diz, rindo, sobre sua futura escolha para o elenco. “Ver o que acontece, é.”

Além do que será com certeza uma longa temporada de campanha para os prêmios pelos próximos meses, Stewart também irá filmar o filme de ficção científica chamado Love Me com Steven Yeun, o que ela descreve como “uma história de amor entre um satélite e uma boia.”

“É difícil de explicar”, ela admite. “Espero que eu não estrague tudo, porque é um roteiro realmente escrito de forma revolucionária. Apenas uma ideia realmente concebida brilhantemente.” (O projeto apareceu para ela na mesma época do próximo terror de David Cronenberg, Crimes of the Future, que ela terminou de filmar na Europa com um elenco que inclui Viggo Mortensen e Léa Seydoux.)

Ela diz que Love Me se passa “após todos estarmos mortos. É como se a Terra tivesse congelado e o rastro que deixamos é a internet. A ideia dominante por trás do filme é que essa boia, eu – o nome da personagem é Me – é tudo o que deixamos. O que é meio: “Olhe para mim, olhe para mim, me ame, me ame,’” ela explica. “Então esse satélite faz um sinal sonoro e nos conectamos. Apenas estou tentando dar para ele todas as informações que tenho sobre o que nós, humanos, deixamos.”

“Cada versão de uma pessoa, cada avenida que tentamos conectar um com o outro está representada. Há muitas transformações visuais”, ela sugere sobre os papéis fluidos do filme. “Eu passo de ser um menino para uma menina, gêneros ambíguos, raças diferentes. [Steven] faz o mesmo. Há muitas brigas, amor e sexo. Basicamente, estamos todos famintos por atenção. E nós nem sempre sabemos como nos expressar de verdade a fim de obter uma forma válida de amor verdadeiro.”